Alguns estados da federação possuem IDH acima deste patamar: Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul. O gráfico abaixo mostra a relação do PIB per capita com o IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal). O IFDM é um índice baseado no IDH só que mais adaptado à realidade dos municípios brasileiros.
Os estados com IDH - consequentemente IFDM - mais alto, a corrente DH-CE está mais expressiva, enquanto que nos estado mais pobres, a corrente CE-DH ainda é mais importante. Desta forma, os investimentos em DH concentrado nos estados mais pobres da federação se faz necessário para elevar a média nacional acima dos 0,87, comentado anteriormente.
Pois bem, a desigualdade social é um dos fatores que afetam indiretamente o IDH do país. Dificilmente o Brasil vai subir na escala de desenvolvimento mundial, alavancado pelas riquezas de Sul e Sudeste, enquanto Norte e Nordeste permanecerem pouco desenvolvidos.
Recentemente, uma discussão em relação ao destino dos royalties pagos pela exploração do petróleo do pré-sal. Os estados produtores, principalmente Rio de Janeiro, reivindicam estes recursos. A exploração do petróleo do pré-sal pode ser uma das principais fontes de riqueza do país nas próximas décadas. Não tenho interesse de levantar discussões políticas sobre o assunto. Mas fica claro que o direcionamento destes recursos para estados que já apresentam um alto PIB - consequentemente alto IDH - pode trazer benefícios imediatos para o estado. No entanto, o desenvolvimento do país depende de um desenvolvimento igualitário entre todos os estados, desde que o IDH do país é composto pela média ponderada dos mesmos. Ou seja, em um primeiro momento, os estados produtores podem se beneficiar dos royalties do pré-sal. No entanto, a médio e longo prazos, o desenvolvimento desigual da nação acabará por atravancar o desenvolvimento de todos os estados, inclusive os produtores de petróleo. Fica a discussão para que possamos olhar a situação de uma ótica mais de longo prazo.
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