Hoje, como a maioria de vocês, tenho uma vida extremamente ocupada e estressante. Quase todos os meus amigos também têm. Muitos deles recorrem às soluções necessárias para amenizar os problemas psicológicos que as pessoas normais acumulam quando têm que lidar com chefes inseguros e grosseiros, colegas de trabalho incompetentes e desonestos, vizinhos mal educados, excesso de trabalho, etc. Entre essas soluções, estão, medicamentos, terapia, cerveja, um baseadinho de vez em quando; todas elas necessárias e relativamente eficientes. Eu mesmo sou adepto da cervejinha pra relaxar. Já estive em situações onde um medicamento, um profissional ou uma cachaçada pareciam inevitáveis mas a "terapia" que melhor funcionou, e ainda funciona, veio de onde muitas pessoas acham menos provável, da prática do Jiu-jitsu.
Quando era menino, li um livro do meu pai intitulado "Jiu-jitsu e a queda do complexo", escrito pelo Mestre Oswaldo Fadda. Nesse livro, Fadda dava exemplos de alunos e colegas que superaram diversos complexos com o estudo do Jiu-jitsu, eram fracos, inseguros, tímidos, deficientes físicos que ganharam confiança e autoestima para vencer seus principais inimigos, eles mesmos. Não vi mais esse livro desde que se perdeu da biblioteca do meu pai. Ainda procuro um exemplar nos sebos que visito. Aliás, quem souber de um exemplar em um sebo, por favor, me avise pois estou comprando. De qualquer forma, os ensinamentos que o livro trouxe puderam ser comprovados na prática alguns anos mais tarde.
Jiu-jitsu pra mim, hoje, é o motivo pelo qual eu não encho a cara toda sexta-feira, não tomo Rivotril e não vou ao terapeuta, nem parto pra cima da minha chefe ou de alguns colegas de trabalho. Jiu-jitsu é minha terapia, meu clonazepam, minha maconha. Através dele, aprendi a suportar a pressão do dia-a-dia. Incrivelmente, a pressão física pela qual o jiu-jitsu nos faz passar, faz parecer a pressão psicológica do mundo moderno mais leve; faz passar por situações adversas com calma, paciência e lógica; faz pensar com calma para sair de situações difíceis.
Com esse pensamento, agradeço a cada colega que me ajuda na academia, em cada treino, cada posição passada e, principalmente, ao Mestre Zeca, que faz a ponte entre mim esta Arte Suave, colaborando pro meu crescimento pessoal mentalmente sadio.
Osu! (Oss!)
Olá! Você achou o livro? Gostaria muito de poder ter lido...
ResponderExcluirNão encontro o livro. Como posso ter acesso?
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